domingo, 15 de maio de 2011

cinema'


O cinema puro de Robert Bresson.
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"O cinema, quando é verdadeiro, comove, e tão fortemente, que é possível comover com quase nada...

Um pouco do cinema Bressoniano!
A pureza que se esvai no contato com o mundo. Um mundo duro, árduo para suas criaturas, mas no qual não há maldade intrínseca, apenas enganos, preconceitos, e em última instância, corpos viciados pela tolice. Robert Bresson tem um norte, e para lá segue com uma radicalidade impressionante. Busca descobrir a dinâmica das relações humanas, tirando o véu das pré-concepções do ver e ouvir. Sua rigidez se deve à disciplina que ele se obrigou a seguir ao longo dos anos como uma espécie de dieta estética necessária para não se desviar nas mesmas tolices e enganos artísticos a que se opunha.


Cheguei a ver alguns filmes do Bresson no cinusp, e fiquei um tanto espantada, a simplicidade dos filmes e o quanto são empactantes, é algo fascinante, filmes trágicos com finais que não determinam ao certo um final. Ele nos mostra um aspecto
da realidade que desconsiderávamos. Em Mouchette por exemplo, que creio eu, tenha sido talves um dos melhores, dos quais assisti, tem um final dotado de um simplicidade jamais vista por mim no cinema, e parece que isso é o que torna Bresson tão bom, essa pureza tão única, de seu cinema.

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