sábado, 13 de outubro de 2012

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E mais uma vez o tempo é tomado de mim. Eu queria contar flores, mas o que faço se restringe a limitada ação de ser movida pelas horas, que são curtas em duração e possuem o mérito de me deixar desorientada. Então vou tentar me conter, ficar parada e esperar que tudo desmorone por cima da minha cabeça. Acho que enfim vou ficar aqui, adimirando o quanto isso passa rápido, o quanto é desnecessário manter- se preocupada, porque se eu ficar aqui, ou sair fazendo um monte de coisas, qual será de fato a diferença? Não há tempo de fazer poesia, nem tão pouco música. Não posso desejar nada com essa hora curta de mais, tenho que fazer o necessário, o que se tem vontade passa a inexistir. Para que desejos se não há tempo de os saciar? E por favor, que algo me liberte logo do relógio. Sim, do relógio. Ele me tortura, tenta me persuadir a viver sob suas ordenações. Estarei eu submetida por toda a vida? Algo, ou tudo, diz sim, num tom suave, querendo me sufocar.

domingo, 26 de agosto de 2012

O nada, Pra nada.

. Eu sou boa em algo. Sempre soube que meus desastres no fundo não eram tão ruins assim. A arte do devaneio me persegue.Eu estou aqui, aceitarei essa qualidade? Por mais um longo tempo. E certo dia queria estar sozinha, vagar por um lugar desconhecido que fosse bonito.Sem pretensão alguma, sem obrigação nenhuma.E seria outono, estaria sozinha sim, porque estar assim é digno, e não me dá medo. E teria muita coisa pra se olhar, eu ficaria distraída por muito tempo, e acho que não estaria com livros, as vezes é bom sair da rotina.E sentiria finalmente o mundo girar, em uma lugar conhecido, com obrigações e muitas pretensões isso não é possível.E eu sei devanear. Gosto especificamente de dormir. E ninguém acredita, mas, acredito de forma sincera, que dormir é transcedental, é algo para além, e da qual não se costuma dar o devido valor. Mas eu queria mesmo é divagar sobre qualquer coisa. Não queria ser regida por horas, não queria que existisse deveres e obrigações, a era industrial nos levou a pradonização da vida, do tempo , dos hábitos, e eu acho isso um verdadeiro desperdício. E quero sair, vou olhar o nada, pra nada, assim tudo fica mais interessante. .

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Momento'

- Este momento. Ah... este momento! É como estar finalmente imersa em um sonho perene. Porque tudo se desfez e simplesmente nada mais resta. Descobrir que as ideias podem estar materializadas de forma perfeita como são na mente. E dai por diante não necessitar -se ficar, como se faz sempre, tentando reforma-las, de maneira que mais se assemelhe a estas primeiras... Quão ilusório isso pode parecer? Seria então a liberdade, da qual só se conhece de fato o termo de 9 letras . É que viver com os olhos voltados para a realidade parece cada vez mais, não fazer sentido.A imperfeição do mundo sensível me parece por vezes assustadora, tentei esquecer mais é em demasia latente, é soturno... Seguir as regras da maneira usual da vida que é pretendida por todos obter, tende -se tornar obsoleto. E o que realmente importa, de tão distante que se tornou dessas conveções retrógradas, permece pairando na mente, se tornando realidade nesse exato momento. E diz que é só permanecer com os olhos voltados para o mundo das ideias, com a mente longe de tudo aquilo que torna os sentimentos e as virtudes ruins, ou seja a realidade. Estar fora do real e do ideal comum parece tão atraente, é ccom um imã, me puxa de maneira irresistivel. Seria um prazer incessante, quiçá inesgotável. Pois as idéias sim são dignas e possuidoras de valor.

sábado, 5 de maio de 2012