sábado, 25 de abril de 2015

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sobre Estar Sozinha.

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Eu acho tão valiosa a solidão, nada é mais confortável do que estar sozinha. As companhias são sempre cobertas de defeitos. Eu tive que me conformar em determinado momento com o triste e verdadeiro fato de que as pessoas possuem defeitos e que em algum momento da vida eu iria passar por decepções, seja com amizades ou com relações afetivas, e que deveria aceitar isso, pois não encontraria ninguém com o qual isso não ocorresse. Essa conclusão foi boa em certa medida e ruim em outra. Ruim no sentindo de que tendo esse pensamento como pressuposto eu acabei perdoando atitudes talvez que carecessem da necessidade de perdão, e tendo convivências desnecessárias, amizades são todos em algum ponto particular ruins, mas você pode prescindir de algumas quando elas passam do limite. A conclusão foi boa, por outro lado, pois ela de fato é verdadeira, eu simplesmente nunca encontrei ninguém com a qual a convivência fosse totalmente ou quase sem problemas, sem que me incomodasse de alguma forma as atitudes do outro em relação a mim. Dai a minha necessidade de ficar sozinha, não há ninguém neste mundo que me faça tão bem quanto eu mesma. Sozinha eu não sofro decepções, não ouço o que não quero, não preciso me esforçar para nada, é a maior zona de conforto existente. Companhia alheia é ótima até determinando momento, depois eu quero fazer as minhas coisas sem opiniões, sem compartilhar nada. Acho que a solidão tem haver no fundo com liberdade, eu pelo menos me sinto mais livre sozinha.
A opinião alheia é talvez o que mais me irrite, porque ela vem sempre acompanhada de um imperativo, nunca uma sugestão pura e simples. E as pessoas a todo momento me chateiam, acho que sou muito sensível. Minha auto estima é baixa e eu tenho certeza que é por causa das convivências, os parâmetros que elas me impõem, a expectativa.
Bem.. Eu poderia falar de milhares de benefícios advindos da convivência com outras pessoas, mas hoje eu apenas estou mais feliz sozinha do que com qualquer outra pessoa no universo ao meu lado. E eu falo de amigos, de relações afetivas, de família. Não há nada mais divino do que estar SOZINHA, em meio a uma multidão que simplesmente não me conhece, não sabe o meu nome, e nem tampouco me dirão que sabor de sorvete eu deveria escolher agora...


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Ideia Fixa : O Tempo.

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Bem, esta é a juventude. Daqui a pouquíssimo tempo não poderei mais dizer “esta é a juventude”, e se disser, estarei tentando enganar a quem? A juventude se dá aos vinte e pouco, não mais que isso, os trinta e pouco é a idade da razão, dos deveres, das cobranças de já se ter feito ser algo na vida. A chance é agora, o tempo agora é ouro. Já está tudo um tanto definido, agora só falta cumprir até o fim. Mudar de ideia pode ser um pouco tarde de mais quiçá desastroso. Estou correndo contra o tempo, aliás todos estão. Sartre diz que o inferno são os outros, eu digo que o inferno é o tempo. O tempo que passa, o corpo que degenera, as forças que se acabam, a saúde que vai embora, as oportunidades que passam, isso é o tempo, é o constante monstro que atormenta pobres mortais que não sabem fazê-lo parar e nem cogitam saber, sabe-se somente, intuitivamente, que isso não é possível, que eles nos dominará até o fim, que a propósito por conta dele haverá o fim.

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Gayle Rubin

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"Pessoalmente acho que o movimento feminista deve almejar mais do que a eliminação da opressão das mulheres. Deve sonhar em eliminar as sexualidades, obrigatórias e os papeis sexuais. O sonho que acho mais fascinante é o de uma sociedade andrógina e sem gênero ( embora não sem sexo), na qual a anatomia sexual de uma pessoa seja irrelevante para o que ela é, para o que ela faz, e para a definição de com quem ela faz amor."

Rubin, Gayle. "O Tráfico de Mulheres, Notas sobre a Economia Política dos Sexos". p. 57.

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Meghan howland

"For me the most important of my art is your way to communicate without need so many words and explanations, it is their power" . Howland, Meghan. 






terça-feira, 30 de dezembro de 2014

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Eu não quero falar sobre mim, eu queria escrever sobre o mundo e sobre as coisas que acontecem expressando a minha compreensão, mas me sinto incapaz de falar sobre qualquer coisa. Tudo parece tão complexo e sempre penso que alguém irá ler aquilo que escrevi e achar uma estupidez, uma falta de informação latente, que se talvez eu tivesse lido tais teorias eu não estaria falando daquela forma, sob tão obscuro prisma. Tal pessoa irá me culpa, ‘ora, como quer escrever sobre determinado assunto se não o domina de fato?’. Talvez depois de finalizar um doutorado, que tiver uma teoria própria, estarei verdadeiramente apta a falar livremente sobre aquilo, a teoria será minha e ninguém terá o direito de dizer ‘você não leu o suficiente’, ‘ora a teoria é minha, você que não a leu o suficiente.’ Pena que será um único assunto, será mesmo que estamos destinados a sempre saber tão pouco? O volume de conhecimento que a modernidade carrega por vezes me irrita profundamente.

Sobre finais. Porque será que inventamos o ‘final feliz’ ? Será que para não contar as crianças o verdadeiro fim das coisas? Ou para enganar a nós mesmos? Vejamos, quem, ou quais pessoas criaram a tal de ‘vida feliz após a morte para aqueles que foram boas pessoas’ ? É a partir de tal fato que cheguei a conclusão de que os humanos não são seres bem resolvidos. Na verdade são seres birrentos e mimados. Eles não aceitam sua finitude como um dado. Não posso falar de outras culturas, mas a cultura ocidental tem uma dificuldade enorme de lidar com a morte, e isso é perceptível desde sua mitologia que sempre culmina na ‘eternidade’ - outra pergunta a ser feita seria : de onde tiramos esse termo ‘eternidade’ se ele simplesmente não existe de fato para nós, ou seja, ninguém conhece absolutamente ninguém ou nada que seja eterno. Inventamos o termo justamente para nos livrarmos da terrível realidade que é o fim. Toda mitologia ocidental está presa a não aceitar a morte. A mitologia científica também possui essa característica. Ela têm somado esforços constantes para tornar a imortalidade um fato viável. Eu, como uma ocidental típica, estou na torcida. Não aceito que meu corpo passe por todos aqueles estados fétidos de depuração, que eu simplesmente deixe de existir um dia. Uma ocidental birrenta e mimada.

Esses últimos dias - antes do ano novo, me peguei sendo um estranha em meio a multidão. Eu não fiz nenhuma lista, mental ou escrita, de metas para o novo ano, nem fiquei desejando que ele chegue logo porque irá ser melhor, e pior : deixei de fazer todas essas coisas me sentindo ansiosa. Pois é. Hoje é dia 28 de dezembro, e não tenho esperanças de que isso ainda ocorra antes da virada. Todo ano era a mesma coisa, eu seguia o ritual, internamente racionalizando o quanto aquilo é estúpido, mas vamos lá, quantas coisas eu não faço sabendo o quanto é ridículo e emocionalmente me sinto, mesmo assim, feliz por fazê-lo? Isso é típico de quem analisa de mais, pensa de mais, e essa, absolutamente, sou eu. O fato é que, não há nada a se pensar sobre o ano novo, o mundo explodi lá fora, há riqueza e fome,rainhas e escravos, patrões e empregados. Nós, aqueles que não são as rainhas ou os patrões vamos continuar nos submetendo a isso, calados. Aliás, vamos morrer calados porque nos disseram que essa é a natureza das coisas, colocaram armas em nossas cabeças, haverá de fato uma saída? não conseguimos pensar em uma porque já fomos enganados o suficiente. Se devia haver um plano para o próximo ano, ele devia ser fazer a revolução.

domingo, 3 de novembro de 2013

As Nebulosas


Com quem conversas tu, floco distante e baço?
Mal ouvimos-te a voz em todo o vasto espaço.
Só te podemos ver como um nimbo soturno
Num perdido desvão do vasto azul noturno.
Brilhar nos deixa em paz, a nós, albor do etéreo,
Nós, mundos espectrais em meio ao caos funéreo,
Não tendo pólo austral nem pólo boreal;
Nós, a realidade a viver no ideal,
Os mundos de onde, enxame imenso, os sonhos vêm,
Dispersos no éter, esse oceano que não tem
Praias, de que jamais pôde a onda retornar;
Nós toda a criação, ilhas do ignoto mar!

Victor Hugo

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Panis et Circenses

Eu quis cantar minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar folhas de sonhos no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Essas pessoas da sala de jantar
Essas pessoas na sala...

terça-feira, 23 de abril de 2013

É tudo deliberado em demasia!


 ''Sou pueril, feita de frivolidades, desatenção e poesia. E ainda há nisso tudo uma memória muito confusa. Queria ser tudo, queria poder tudo. Mas o fato, é que isso é desejar demais, me contentarei em ser essa massa disforme, da qual nem eu mesma sei distinguir o que é?  Passei a juventude toda tentando me descrever, esmiuçar o que havia por trás do meu rosto comum, o que pareava a minha mente, que nem sempre se portava do modo devido. E hoje me vejo sem saber ao certo o que sou. Se na verdade, me projeto, e apenas tento representar esse tipo ideal, que anseio ser. E mudo conforme a situação, me porto de acordo com as convenções. Isso é realmente triste. É tudo deliberado em demasia. Tento olhar pra dentro do meu ser, mas não consigo enxergar nada, é tudo tão soturno! Mas em contrapartida, sinto as coisas de modo muito intenso, de maneira muito abusiva... queria sentir menos, tentar a indiferença sem maiores pertubações. Dentro de mim, nada é mensurável, de nada eu tenho controle, as sensações simplesmente ocorrem, de modo ruim ou não, elas estão acontecendo a todo momento. O que delibero são as representações. Eu estou representando algo, não sou de fato. Me recrio sempre, estou tentando ser o que idealizo, e isso ocorre de modo inconsciente. Quando me ponho a pensar sobre, vejo que  é assim que acontece. Será isso algo triste? Desanimador? Se ao menos eu conseguisse ser o que desejo. Mas não... eu sou toda ao contrário. Sou o tipo menos ideal possível. Uma espécie de sentimento de fracasso permeia a minha mente essa noite. Antes parecia ser mais fácil dominar as ações, as expressões, mas hoje parece cada vez mais que impressão alheia sobre mim, é qualquer coisa da qual eu não faço idéia, mas eu acho que será sempre, por todo sempre  ruim.  E esse é um fato fechado em si mesmo, secreto, eu posso tentar perceber, mas nunca a percepção se dará de modo completo...Eu olharei para o espelho, serei qualquer coisa menos comum. Que a parvoíce se aproprie de mim, estou tomada  por tudo que se refere a devaneios... E o que poderei fazer quanto a isso? '' 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Os mandarins

''Não, não quero chorar. Na verdade não choro, disse a mim mesma. São as luzes da noite que tremem em mim, e sua cintilação se condensa em gotas salgadas a margem dos meus cílios. Porque eu estou aí, porque não voltarei, porque o mundo é rico demais, pobre demais, o passado é pesado demais, é por demais leve, porque não posso fabricar felicidade com essa hora bela demais, porque o meu amor morreu e eu lhe sobreviverei. ''   (...)

Simone de Beauvoir.

terça-feira, 2 de abril de 2013

As Idéias Ruins

. Há muitas coisas sobre mim. E nenhuma delas eu consigo compartilhar de modo completo. Há uma vasta quantidade de palavras guardadas, idéias aprisionadas, sentimentos submersos. E pensei em escrever sobre, tirá - los de mim, estou sufocada em um mar de idéias ruins. De repente, eu acordo me percebendo, me sentindo de um modo diferente. De repente tudo mudou, se dilacerou, e eu ainda estou parada, desnorteada, observando de um modo tonto. E eu não sei o que fazer, o que pensar. No momento que tudo me obriga a digerir o termo 'mudança'. Me obriga de maneira perversa, me abstém do conforto do conformismo, e me lança pra frente de modo nada gentil. E nesta noite, eu penso em tentar a sorte em um jogo novo, Eu tenho a possibilidade de jogar ou ficar parada, olhando, vivendo do que não foi.
Quero o ar livre que a minha poesia tinha, que a minha mente possuía. Quero a liberdade da minha mente poética, é isso que eu sou : poesia.
Tenho que esquecer um porção de coisas, tenho todo o tempo, mas não o ânimo, a coragem. Eu só tão covarde. Tão pueril.  Estou tentando subverter a ordem dos meus desejos, e me guardarei pra mim, só pra mim, na loucura, e na esperança que isso me faça bem. Eu agirei de modo correto, seguirei as regras, e me aprofundarei na idéia geral de aceitar as mudanças, abrirei caminho pra isso.
Quero tudo rápido, tenho pressa, a minha calma se esgotou. O meu orgulho se atrofiou. Estou falída e sozinha. E não há nada e nem ninguém que me acompanhe. Este é o eterno mundo dos 'indivíduos', destas solitárias pessoas, que destilam todo o seu modo blasé, em meio a uma multidão de almas, que não se conhecem,não param para se ajudar, não param nem se quer para prestar atenção em suas próprias vidas, porque não há tempo, e para isso não dão a mínima. Quem me acompanhará, se não eu mesma?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

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. - Este momento. É redondinho, está suspenso no vácuo como um diamante. Eu sou eterna. (Sartre - A Idade da Razão)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

E nada fará o menor sentido .

'Volte logo, você é gentil'- eu pensei. Dê uma volta, leia Sartre e me diga o que sentiu. Mas seja claro, rápido, eu tenho pressa. Você consegue ser tão calmo. A minha expressão diz isso, mas por dentro tudo deseja transbordar. Eu disse que iria explodir, mas resolvi tomar um café. Eu olhei a janela e ela estava brilhando, precisei fumar algo pra ver isso melhor. Eu disse algo sobre 'essência' e você me olhou torto. Quero que saiba que tudo em mim é poesia, e eu não sei direito o que falo, eu só finjo que sei. É assim que as coisas são, é tudo sensação. Você finge que não, mas não sabe falar direito daquilo que não sente, seja ele abstrato ou concreto. Eu gosto que concorde comigo, que diga que eu sei de todas as coisas, porque sei que finjo bem. Eu queria ser mais ausente, ficar escondida. Mas quando você voltar, será tudo distinto de agora, porque vamos viver em algum lugar distante, ninguém nunca nos encontrará, você trará coisas diferentes para comer, será tudo calmo, e nada fará o menor sentido.

sábado, 13 de outubro de 2012

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E mais uma vez o tempo é tomado de mim. Eu queria contar flores, mas o que faço se restringe a limitada ação de ser movida pelas horas, que são curtas em duração e possuem o mérito de me deixar desorientada. Então vou tentar me conter, ficar parada e esperar que tudo desmorone por cima da minha cabeça. Acho que enfim vou ficar aqui, adimirando o quanto isso passa rápido, o quanto é desnecessário manter- se preocupada, porque se eu ficar aqui, ou sair fazendo um monte de coisas, qual será de fato a diferença? Não há tempo de fazer poesia, nem tão pouco música. Não posso desejar nada com essa hora curta de mais, tenho que fazer o necessário, o que se tem vontade passa a inexistir. Para que desejos se não há tempo de os saciar? E por favor, que algo me liberte logo do relógio. Sim, do relógio. Ele me tortura, tenta me persuadir a viver sob suas ordenações. Estarei eu submetida por toda a vida? Algo, ou tudo, diz sim, num tom suave, querendo me sufocar.

domingo, 26 de agosto de 2012

O nada, Pra nada.

. Eu sou boa em algo. Sempre soube que meus desastres no fundo não eram tão ruins assim. A arte do devaneio me persegue.Eu estou aqui, aceitarei essa qualidade? Por mais um longo tempo. E certo dia queria estar sozinha, vagar por um lugar desconhecido que fosse bonito.Sem pretensão alguma, sem obrigação nenhuma.E seria outono, estaria sozinha sim, porque estar assim é digno, e não me dá medo. E teria muita coisa pra se olhar, eu ficaria distraída por muito tempo, e acho que não estaria com livros, as vezes é bom sair da rotina.E sentiria finalmente o mundo girar, em uma lugar conhecido, com obrigações e muitas pretensões isso não é possível.E eu sei devanear. Gosto especificamente de dormir. E ninguém acredita, mas, acredito de forma sincera, que dormir é transcedental, é algo para além, e da qual não se costuma dar o devido valor. Mas eu queria mesmo é divagar sobre qualquer coisa. Não queria ser regida por horas, não queria que existisse deveres e obrigações, a era industrial nos levou a pradonização da vida, do tempo , dos hábitos, e eu acho isso um verdadeiro desperdício. E quero sair, vou olhar o nada, pra nada, assim tudo fica mais interessante. .

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Momento'

- Este momento. Ah... este momento! É como estar finalmente imersa em um sonho perene. Porque tudo se desfez e simplesmente nada mais resta. Descobrir que as ideias podem estar materializadas de forma perfeita como são na mente. E dai por diante não necessitar -se ficar, como se faz sempre, tentando reforma-las, de maneira que mais se assemelhe a estas primeiras... Quão ilusório isso pode parecer? Seria então a liberdade, da qual só se conhece de fato o termo de 9 letras . É que viver com os olhos voltados para a realidade parece cada vez mais, não fazer sentido.A imperfeição do mundo sensível me parece por vezes assustadora, tentei esquecer mais é em demasia latente, é soturno... Seguir as regras da maneira usual da vida que é pretendida por todos obter, tende -se tornar obsoleto. E o que realmente importa, de tão distante que se tornou dessas conveções retrógradas, permece pairando na mente, se tornando realidade nesse exato momento. E diz que é só permanecer com os olhos voltados para o mundo das ideias, com a mente longe de tudo aquilo que torna os sentimentos e as virtudes ruins, ou seja a realidade. Estar fora do real e do ideal comum parece tão atraente, é ccom um imã, me puxa de maneira irresistivel. Seria um prazer incessante, quiçá inesgotável. Pois as idéias sim são dignas e possuidoras de valor.

sábado, 5 de maio de 2012

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O sonho'

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E o sentido de tudo se perde em meio ao sonho
E o que há é surreal, quiçá inexplicável
Vem de um lugar distante
Sopra ventos voluptuosos
Que emergem uma substância aliviadora na mente
E o que se vê, é talvez um tanto distante do real
Pois é insano, inacessível aos olhos comuns
O corpo em estado atenuado
A mente em êxtase transbordante
Não consegue conter o que há em si
Há um delírio profundo, quase perene
E o sentido, aquele pois, que se perdera como utilidade
Se torna cada vez mais obsoleto
O que permanece aqui é a necessidade de se estar
Cada vez mais fora do real comum
Submerso num mar de ideias
Continua-se dormindo

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

As idéias'

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E tudo aqui fora permanece tão parado
E tudo aqui dentro parece querer transbordar
E ver tudo assim me parece as vezes desagradável
Uma sensação disforme, quase me fazendo gritar
Eu aqui estou pulsando e isso está ficando cada vez mais alto
Estou transbordando, aqui dentro as coisas estão em excesso
Acho que vou embora, sair andando , ficar parada não posso mais
quero sentir isso intensamente
E não há nada que me faça voltar a atrás
As idéias estão aqui , elas não pretendem me deixar.
Estou presa e sozinha
Não possuo nada além de idéias, e elas estão em excesso
Preenchendo tudo aqui dentro,
Não posso falar disso,porque parece tão sem sentido
Vou me sentar e tentar esquecer, as palavras se tornaram por ora obsoletas
E o que desejo agora são apenas sensações
elas possuem o poder de fazer me sentir realmente viva
de acreditar realmente no estar aqui.
então me faça sentir isso novamente?
estou objetivando isso por um longo tempo, é algo sem fim
Como sempre achei que pudesse ser.
As ideias são tudo o que possuo..
E não há mais nada..
O mundo sensível poderia por ora inexistir
E o que vejo são apenas cores e movimentos
E o que quero são apenas sensações
E o que tenho são apenas idéias, em excesso
Transbordando sobre a minha mente.


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sábado, 8 de outubro de 2011

A Chuva'

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As janelas estavam abertas
Os olhos fechados
Os livros espalhados pelo chão
A mente pairando
A chuva entrando...
Molhando tudo
Tentando despertar
Quem estava em outro mundo
E tudo acaba com folhas de árvores
Espalhadas pelo ambiente molhado, encharcado
Mais os olhos continuavam fechados
E o pensamento tão longe...
Estava sobre o nada, delirante, incessante.


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domingo, 2 de outubro de 2011

Tão Perto do Surreal

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E não preciso pensar em nada
O planejar se torna desnecessário
E o que estou fazendo aqui então?
Não, eu não vou pensar sobre
Isso agora está em desuso
E o que eu tenho feito , também não importa mais..
Então me leve de volta para casa por que acho, sinto
não estar mais totalmente sóbria..
Então saio andando,
Eu não preciso olhar para traz
Por que quando o vento sopra meu cabelo eu sinto que possuo tudo o que está ao meu redor , e que a vida não passa de um sonho maluco, obscuro, insano, incerto.
Eu estou longe de adquirir o saber de tudo o que se aprecia ter em mente
Mais estou tão perto da loucura , do sonho , do surreal que talves esteja então tudo bem.
Eu estou sozinha. Como sempre pensei, estive sozinha.
E ninguém intende o quão longe eu estou de tudo isso que se passa por aqui.
então vou pedir que me leve de volta para casa
Quero dormir, quero sonhar
E o que importa se tudo desmoronar?
E se tudo for realmente acabar, me desculpe mais eu vou querer sonhar.
e o que me falta, eu acho então melhor não colocar em pauta, está fora de uso,
está longe de mais daqui, pelo motivo simples de talvez não existir.
Me leve para casa, me deixe sonhar e tudo ficará bem, como sempre quis estar.

domingo, 25 de setembro de 2011

Toulouse Lautrec '

A partir de 1892, Toulouse-Lautrec dedicou-se à litografia. Entre as mais de 300 que produziu, a que mais se destacou foi a série 'Elles' (1885) - Lautrec procura retratar prostitutas de Paris no seu dia a dia , afim de observá -las ele realmente isolou - se em bórdeis de Paris.







sábado, 17 de setembro de 2011

Coisas Amontoadas'

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Eis aqui um desabafo..

E o que se fazer com todos essas coisas amontoadas, empilhadas uma em cima da outra de jeito disforme que por vezes pesa e dói?
Estão desorganizadas mais querem sempre passar um ar organizado, diciplinado, controlado. E é cada vez mais perceptível o quanto isto se torna pesasoro por conta dessa mania de pensar de mais sobre tudo o que aleatoriamente não merece ser refletido, e nem tão pouco analisado, pretendido e talves idealizado.
E por vezes ser deportada ou desligada ou não sei.. algo que tivesse o poder de me tirar um pouco daqui, até que não soaria má idéia. Viver sendo eu mesma todo dia cansa, dá sono e vontades diversas. (coisas sem sentido)
E as coisas amontoadas permanecem por aqui, não consigo coloca - lás em nehuma ordem, elas possuem a utilidade magnífica de me deixarem um tanto mais confusa do que já sou, porque agem de maneira autônoma mesmo ocupando um espaço pertencente a mim, e isso realmente nunca fará sentido, ou pelo menos demorará um bocado. E as minhas opiniões sobre as tais coisas amontoadas talves de nada adiante, pois ouvi dizer que possuem vida longa, talves quase ininterrupta , quiçá a mesma que eu.
E no conformismo de ficar sem respostas é onde sempre acabo, em todas as questões, por mais pertinentes e causadoras de um certo mal estar que sejam. E isso me parece um tanto desagrádavel.
O grande problema talvez seja a mente, que age de forma autônoma, amontoa coisas que pesam e dói, ocupa e controla um espaço que possui um proprietário que passa toda sua vida útil tentado, e por vezes achando que consegue, expropriar um pouco desse poder, desse controle tão estimado, desejado e digno de um valor exponencial.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Björk


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Oceania

One breath away from mother Oceanía
your nimble feet make prints
in my sands
you have done good for yourselves
since you left my wet embrace
and crawled ashore
every boy, is a snake is a lily
every pearl is a lynx
is a girl
sweet like harmony made into flesh
you dance by my side
children sublime
you show me continents
- I see islands
you count the centuries
- I blink my eyes
hawks and sparrows race in my waters
stingrays are floating
across the sky
little ones - my sons and my daughters
your sweat is salty
I am why


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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Todo o Tempo'

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As coisas pareciam se movimentar, mais no fundo eu sabia que na verdade estava tudo parado. As árvores balançavam de maneira que pareciam acompanhar o movimento dos meus cabelos, que se esvoaçavam tal qual seus grandes galhos que tinham folhas minúsculas uma atrás de outra, formando várias fileirinhas que eu fiquei observando durante muito tempo.Eu tinhas coisas a fazer. E parecia inútil ficar sentada ali. Mais o sol estava quente, o vento gelado e aquele era o meu dia predileto. Então me permitir pensar ao contrário, 'seria inútil fazer as coisas ao invés de ficar aqui'.
E descobrir que pensar ao contrário é bom. Mais fazer isso sempre seria um tanto desastroso. A essência da vida atual é triste. Ela não nos permiti pensar ao contrário todo o tempo.


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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um Eterno Ócio '

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Como em um sonho numa noite fria de outono.

O comum é infeliz. E você percebeu isso após fazer uma análise da vida , e de tudo que para ela soa como normal. Você caminhava enquanto pensava nisso, anoite estava fria e era outono.
As coisas parecem incompletas porque carregam a necessidade de estarem dentro de um determinado padrão, e tudo parece sempre estar faltando um pedaço nos ideais que se tem em uma vida comum.
No sonho não falta nada, porque se está de olho aberto e fora de órbita , fora do ideal comum, e você perde todas as noções que sempre foi obrigado a acreditar do real e do ideal. Não se sabe exatamente onde se está apenas que não há nenhum dever a cumprir, que há liberdade de todas as maneiras imagináveis.Porque deitado ali sonhando não há nada além de você e sua mente, ela é o seu suporte, com ela você pode tudo, e não há nada maior do que isso.
E de repente que vontade de tornar tudo um eterno ócio.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

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Na verdade eu nem me importo mais..
Se achar vulgar e isso for pejorativo, eu não dou a mínima, porque opinião alheia de pouco vale e pode ser destrutiva.
Se achar insano, eu vou sorrir porque ser sóbria se tornou tão usual, e não possui atrativo nenhum mais pra mim.
Se disser que é inútil eu irei retrucar apenas para não passar batido, e dizer que o útil atual de nada me satisfaz.
Se acusar a minha parvoíce, vou escrever um tratado 'do direito a ser parvo'.
Eu vou querer sempre tudo o que parece vulgar, insano, inútil aos olhos de quem me observa, porque o que faz verdadeiramente sentido pra mim é alienado de qualquer interpretação alheia.


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